O que fazer em Montreal? 32 Pontos Turísticos de Montreal

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As cidades do Canadá são muito diferentes entre si, por isso cada lugar impacta de maneira única o viajante. No caso de Montreal, a segunda maior cidade do Canadá e a maior do Quebec, a influência francesa é um dos diferenciais, além da montanha que se impõe no horizonte. Por isso, não faltam atrações sobre o que fazer em Montreal!

Nós tivemos 3 dias inteiros para conhecer Montreal e focamos os dias de sol para visitar os pontos turísticos ao ar livre, sempre organizando o roteiro por proximidade geográfica.

O metrô em Montreal funciona super bem, mas é preciso otimizar os deslocamentos quando se tem pouco tempo disponível.

Neste post vamos apresentar nossas melhores dicas e macetes sobre o que fazer em Montreal!

Leia também nosso artigo completão sobre onde ficar em Montreal nos melhores bairros!

O que fazer em Montreal, Canadá? 32 Pontos Turísticos de Montreal

• Parque do Monte Royal
• Basílica Notre-Dame de Montreal
• Atrações da Vieux Montreal
• Oratório de São José e outras igrejas
• Jardim Botânico e Biosfera
• Melhores Museus
• Le Plateau-Mont-Royal
• Mercados de Montreal

Parque do Monte Royal

O Monte Royal é o cartão-postal e símbolo de Montreal. “A Montanha”, como é chamado pelos moradores, deu nome à cidade e é o local com as vistas mais bonitas, além de ser um ponto de encontro para turistas e moradores.

O Monte Royal tem 234 metros de altura e é o ponto mais alto de Montreal, uma cidade formada por ilhas planas.

Ele possui três picos e alguns bairros estão localizados na área montanhosa, porém o principal destaque do Monte Royal é o parque de mesmo nome, o maior espaço verde de Montreal, com 200 hectares de florestas, trilhas, caminhos bem-marcados e mirantes.

Nós mesclamos caminhadas e o transporte público para conhecer grande parte do Parque do Monte Royal em 2h.

Nós temos um post completo sobre o nosso roteiro no Parque do Monte Royal. Os principais destaques do nosso passeio foram:

• Belvedere Kondiaronk: o mirante mais visitado e com as vistas mais bonitas do Parque do Monte Royal, de onde se pode avistar Downtown e o Rio São Lourenço;
• Caminhadas pelas trilhas no topo da montanha;
• Belvedere Camillien-Houde: mirante no qual você vai avistar o bairro Le Plateau, além da torre inclinada, que é a Torre do Parque Olímpico.
• Beaver Lake (Lac aux Castors): é um lago artificial que no verão é uma área excelente para passear de barco, fazer piquenique ou apenas descansar na grama. No inverno, é uma pista de patinação .

Basílica Notre-Dame de Montreal

A Ville-Marie, fundada em 1642, tornou-se uma cidade com a chegada da Companhia dos Padres de São Sulpício em 1657 e com eles se firmou o culto à Virgem Maria e a necessidade de erguer um templo.

A Basílica de Notre-Dame é um símbolo da cidade porque sua história se mescla com a história de formação de Montreal.

Portanto, a Companhia dos Padres de São Sulpício foi a responsável pela construção da primeira igreja chamada de Notre-Dame, feita com pedras entre 1672 e 1683. Porém, a primeira igreja se tornou pequena para acomodar os fiéis.

Contudo, foi necessário mais de um século até a construção da nova igreja. A partir de 1824, o arquiteto James O’Donnell começou os trabalhos da primeira igreja neogótica do Canadá. Os trabalhos continuaram até 1829.

Ao longo das décadas, a Basílica de Notre-Dame de Montreal passou por melhoramentos. As duas gigantescas torres são da década de 1840. A torre oeste é de 1841 e a torre leste de 1843.

Na fachada, há três estátuas principais: São José representando o Canadá; Virgem Maria é o símbolo de Montreal; e São João Batista representa a província do Quebec. As três estátuas são de 1865, obras do escultor francês Henri Bouriché.

A fachada impressiona, porém o mais surpreendente é a decoração do interior, que teve como responsável Victor Bourgeau, passando por um embelezamento entre 1874 e 1880.

Há três formas para visitar a Basílica de Notre-Dame de Montreal: visita turística, experiência Aura e missa. Na última opção, só vale a pena nos finais de semana, quando as missas acontecem na nave principal. Saiba que as missas são celebradas em francês.

Se você quer contemplar a Basílica com paz e tranquilidade, as missas parecem ser adequadas, porque durante as visitas turísticas há muitos visitantes, principalmente no final de semana.

Nós participamos da visita turística em uma segunda-feira, então, não enfrentamos multidões e compramos os ingressos na hora ($15 por pessoa), mas é recomendado comprá-los no site.

Entrando na Basílica, o que primeiro se nota é o altar estrategicamente iluminado em suas partes azuis, em harmonia com o teto azul escuro com estrelas douradas e o corredor azul celeste.

É a combinação de azuis com o dourado delicado presente na madeira que surpreende, sempre com a ajuda da iluminação bem posicionada.

Outros destaques da Basílica de Notre-Dame de Montreal são: órgão de 1891; púlpito ricamente entalhado e com obras de arte; pinturas e vitrais nas laterais que retratam a história de Montreal.

Não saia da Basílica sem ir à Capela de Notre-Dame-du-Sacré-Coeur. Destruída por um incêndio em 1978, o que você verá hoje é um trabalho exemplar em madeira e um colossal altar de bronze modernista. O painel de bronze foi criado pelo escultor local Charles Daudelin.

Saiba mais sobre nossa visita a Basílica de Notre-Dame de Montreal.

Pontos Turísticos na Vieux Montreal

A Basílica de Notre-Dame não é a única atração do Centro Histórico, conhecido como Vieux Montreal, que fica próximo ao Vieux-Port, o antigo porto onde a cidade foi fundada.

Quem vai passear na Vieux Montreal caminha pela Rue Saint Paul, a rua mais antiga da cidade, pavimentada com pedras em 1672.

Nela estão os restaurantes mais turísticos da cidade (e caros), assim como lojas de souvenirs e muitas galerias de arte.

As galerias de arte são interessantes, mas tanto os restaurantes quanto as lojas de souvenirs nós preferimos evitar.

Para comprar lembrancinhas, continue caminhando pela Rue Saint Paul até chegar ao Marché Bonsecours, com seu imponente prédio neoclássico de 1847.

Ele foi sede da prefeitura, assim como mercado de frutas e comidas, porém atualmente é focado em lojas voltadas ao artesanato e outros produtos fabricados na província do Quebec.

Realmente, há várias lojas com produtos locais de diversos preços.

O nome do mercado vem da pequena igreja que fica ao lado, a Capela Notre-Dame-de-Bon-Secours, a igreja mais antiga de Montreal, erguida em 1771

Com entrada gratuita, a Capela Notre-Dame-de-Bon-Secours tem uma fachada simples, com torres pontiagudas. Porém, o interior é aconchegante e iluminado, com uma grande pintura da Virgem Maria no altar e vitrais nas laterais, além do dourado ser a cor predominante.

Outro local que você deve visitar em Vieux Montreal é a Place Jacques Cartier, uma praça em um morrinho, ligando o Hôtel de Ville (prefeitura) à beira-rio. Ao lado do Hôtel de Ville fica outro bela construção neoclássica, o Edifício Lucien-Saulnier de 1856.

O Hôtel de Ville, que atualmente está em reforma, é um representante do Estilo do Segundo Império francês, construído entre 1872 e 1878.

Pertinho do Hôtel de Ville, fica o Museu Château Ramezay, que vamos explicar na seção sobre os museus da cidade.

A Praça Jacques Cartier costuma ficar cheia de turistas, artistas de rua (pintores principalmente) e restaurantes turísticos, sendo um local bonito e histórico. Você passará por lá muitas vezes!

Um dos destaques é o Nelson Monument, uma coluna de 35 metros de 1809. Além disso, a praça abrigou mercados de rua até meados do século XX.

Descendo a Praça Jacques Cartier, você chega à beira-rio onde fica o Vieux-Port, sempre muito movimentado, tendo La Grande Roue de Montréal como destaque.

À noite, essa roda gigante recebe iluminação especial. Dá para reservar seu ingresso com antecedência.

Saiba que o Vieux Montreal é palco de muitos tours guiados, a pé ou de bicicleta, como: Tour privado por Montreal com guia em português; Visita guiada por Montreal; Tour de bicicleta por Montreal.

Oratório de São José e outras Igrejas em Montreal

O Oratório de São José (Saint Joseph’s Oratory of Mount Royal) está localizado em um dos picos do Monte Royal, fora de Downtown, sendo uma igreja diferente e monumental.

É impossível não se surpreender com a arquitetura externa, que lembra a Basílica de Sacré Cœur em Paris, além do fato de ser a maior igreja do Canadá.

Já o interior é inspirado na Art Déco, afinal, ela é uma igreja do começo do século XX (1924).

Por causa da sua posição à oeste, é um dos melhores lugares para ver o pôr do sol em Montreal.

Para visitar o Oratório de São José, a entrada é gratuita, incluindo o ônibus shuttle que leva ao topo. Para mais informações, leia nosso artigo sobre as igrejas em Montreal.

Em Centre-Ville (Downtown) ficam duas igrejas belíssimas e bem cuidadas:

• Catedral Marie-Reine-du-Monde: localizada na Square Dorchester, essa catedral de 1870 foi inspirada na Basílica de São Pedro no Vaticano, sendo a terceira maior do Quebec. Seu interior é amplo (em forma de cruz), dourado e com tons pastéis. Destacam-se as pinturas com referências à catequização e o baldaquino no altar, tão detalhista que lembra uma obra de arte oriental.
• Basílica Saint Patrick: ela começou a ser construída em 1843 para acomodar os irlandeses católicos. A igreja tem decoração neogótica com elementos verdes e madeira, sendo a igreja mais aconchegante que visitamos em Montreal.

Jardim Botânico de Montreal e Biosfera

Uma das atrações mais surpreendentes da nossa viagem a Montreal foi o Jardim Botânico, um espaço verde enorme, planejado e deslumbrante.

Primeiro, é preciso entender que o Jardim faz parte do Espace Pour La Vie, uma instituição de ciências naturais que inclui: Jardim Botânico, Biodôme, Biosfera, Insectarium e Planetário.

Para você ter uma ideia, há 20 mil espécies de plantas, sendo que 5.300 estão nas estufas. Entre todas elas, 800 espécies são consideradas ameaçadas de extinção.

Além disso, o Jardim Botânico possui 3 jardins culturais, incluindo o exuberante Jardim Chinês, 15 jardins temáticos e 10 estufas.

Como são muitas áreas para visitar, não tente ver tudo como nós tentamos. Foque no que mais te interessa. Para isso, baixe o mapa. Ter o mapa nos ajudou e a dica de ouro é não adentrar muito no Arboretum.

O maior destaque do Jardim Botânico é o Jardim Chinês. Eu nunca tinha visto um jardim chinês tão grande, com diversas construções e paisagem perfeita. É um local lindo para fotografar.

O Jardim Chinês foi construído em 1990 em parceria com a cidade de Xangai, usando o conceito de Yin-Yang para encontrar harmonia entre a arquitetura, a água, as plantas e as pedras.

Já o Jardim Japonês tem menos construções e mais espaçosos verdes, sendo um local para relaxar e contemplar.

O Jardim Leslie Hancock é um dos meus preferidos, contendo azaléas e rododendros, ambos pertencentes à família Ericaceae. Eu nunca tinha visto tantas azaléas com cores e tamanhos diversos. Seu esplendor é entre o começo de maio até o início de julho.

Siga para o Flowery Book e para a área Lilacs, onde há um riacho com peônias, íris, hemerocallis (semelhante aos lírios) e lírios. De junho a julho, essa área fica lotada de flores.

Na mesma região ainda ficam as plantas tóxicas, medicinais, de altitude e outras. Esses jardins terminam nas estufas, onde começa outra interessantíssima parte do passeio.

O Jardim Botânico de Montreal conta com 10 estufas monumentais. Cada uma delas tem temperatura e umidade diferentes, adequadas aos tipos de plantas que vivem ali.

Ao lado do Jardim Botânico ficam o Insectarium, o Biodôme e o Parque Olímpico de Montreal.

Nosso passeio continuou pelo Insectarium, que é um moderno espaço dedicado principalmente às borboletas. Há centenas delas, inclusive vivas em uma estufa.

O Biodôme fica na mesma região, porém não visitamos porque os animais ficam em um local fechado, algo que não fazia sentido para nós.

Ao lado do Biodôme fica o Parque Olímpico de Montreal, onde aconteceram as Olimpíadas de Verão de 1976. Há um mirante na torre inclinada ao lado do Estádio Olímpico, mas só tiramos fotos externas.

Outra atração que vale a pena apenas tirar foto por fora é a Biosfera, localizada no Parque Jean-Drapeau, uma das ilhas à frente do Centro Histórico de Montreal.

A Biosfera de Montreal hoje é um pequeno museu sobre o meio-ambiente, mas é bem pequeno, que não acreditamos que compesa o preço.

Na Expo 67, ela era o pavilhão dos Estados Unidos, obra do renomado arquiteto americano Richard Buckminster Fuller. Até hoje a estrutura da Biosfera impressiona. As fotos com ela ao fundo são as mais bonitas.

Saiba mais sobre o Jardim Botânico de Montreal aqui.

Melhores Museus de Montreal

Montreal é uma cidade excelente para ficar ao ar livre, por ter muitos parques e bairros interessantes. Porém, quando o tempo não permite, opte por visitar os museus de Montreal.

Normalmente, eu evito visitar mais de um museu por dia, para não tornar a viagem tão exaustiva mentalmente.

Os dois melhores museus em Montreal segundo minha experiência são o Museu de Belas Artes e o Museu de Arqueologia e História (Pointe-à-Callière).

O Museu de Belas Artes de Montreal é o museu de Arte mais antigo do Canadá, fundado em 1860. Ele possui 5 pavilhões e mais de 45 mil itens, então, é impossível ver tudo em uma visita.

Há muita arte europeia, como pinturas impressionistas e até Picasso e Dalí, além de Arte da França da época de Napoleão. Porém, também há seções para Arte Canadense, inclusive dos Povos Inut do Ártico e do famoso Grupo dos Sete de Toronto.

Porém ainda mais essencial para os turistas é o Museu Pointe-à-Callière, que está localizado em uma área arqueológica no Centro, local onde a cidade foi fundada.

As seções sobre arqueologia e história de Montreal ficam no subsolo, cruzando uma rua e conectando prédios.

Além da ótima coleção permanente, que te ajudará a entender Montreal, há exposições temporárias perfeitas, sempre focadas em História e Arqueologia.

Há outros museus em Montreal, como:

• Museu Château Ramezay: é um casarão antigo, construído em 1705 por Claude de Ramezay, governador da cidade. Hoje, ele é um museu de História bastante elogiado. Os ingressos são econômicos ($14 por adulto, já com taxas). Os jardins são de graça e o Museu Château Ramezay abre todos os dias, incluindo as segundas.
• Montreal Science Centre: é mais focado em crianças, sendo o lugar ideal para levá-las, ainda mais em dias de tempo ruim. Não considero esse museu adequado para adultos sem filhos. O ingresso adulto custa $27 (jovens e crianças pagam em torno de $18).
• Museu McCord Stewart: é um museu focado na história dos povos que formaram Montreal, tendo uma ótima exposição sobre os Povos Originários que habitavam aquela região antes dos europeus. O ingresso adulto custa $18 (compre online).
• Museu de Arte Contemporânea de Montreal: apresenta exposições temporárias de Arte Contemporânea.

Le Plateau-Mont-Royal

Le Plateau-Mont-Royal é o nome oficial do bairro que fica aos pés do Parque do Monte Royal, sendo um dos mais bonitos de Montreal.

Lá ficam ruas fotogênicas e a maioria dos restaurantes que gostei e sugeri no post sobre onde comer em Montreal. A maioria deles é restaurante de imigrantes, antigos ou novos. A culinária de Montreal vai além da francesa.

Por ser um bairro com tantos restaurantes, em Le Plateau-Mont-Royal acontecem food tours, como do Local Food Tours e do Civitatis.

No bairro há muitos grafites bonitos, inclusive em junho acontece o Mural Festival, quando diversos artistas pintam muros do bairro por 10 dias.

Le Plateau-Mont-Royal é o lugar ideal para fazer uma parada para tomar um café. Opções não faltam, como: Réplika (sem frescura, que com ótimo café); Café Nocturne (com estrutura e tranquilidade); Noble Café (muitas opções de cafés quentes e gelados).

Além do café, os moradores costumam comprar comida para levar e fazer piquenique nos parques. Os principais parques do Plateau-Mont-Royal são:

• Parque Sir Wilfrid Laurier: é muito procurado para fazer piqueniques e usar a piscina no verão. No inverno, ele continua bonito e convidativo, afinal, possui pista de patinação.
• Parque La Fontaine: é o maior parque do bairro, localizado em uma região cheia de restaurantes (Rua Rachel), tendo lago, muitas árvores de grande porte e área para piquenique.
• Square St-Louis: é um pequeno parque/praça, mas que se diferencia pelas casas vitorianas bonitas, coloridas e fotogênicas.

Mercados em Montreal

Nós não tivemos tempo de visitar os mercados de Montreal, mas caso você tenha mais dias disponíveis, eles são uma boa opção para provar comidas do Quebec.

O mercado mais famoso é o Marché Jean-Talon, localizado na Petite Italie, distante 6,5 quilômetros centro, porém facilmente acessado pela estação de metrô Jean-Talon.

O Marché Jean-Talon é um dos maiores mercados de agricultores da América do Norte. No verão, ele tem pelo menos 300 estades com muitas frutas e verduras do entorno do Quebec, além carnes, frutos do mar, maple syrup, salsichas, cidra e queijos.

Outro mercado a visitar é o Atwater Market, localizado a 4 quilômetros do centro, apenas a 15 minutos do centro usando o metrô (pare na estação Lionel-Groulx) é um mercado com frutas, comidas e muitas flores, sendo considerado um mercado mais gourmet.

Mapa com os melhores pontos turísticos de Montreal

Confira no mapa a localização das atrações turísticas de Montreal mencionadas ao longo deste artigo. Clique no botão com seta, na barra superior, para acessar a legenda do mapa.

Esperamos que as informações deste post sejam úteis na sua viagem! Leia também nosso artigo com sugestões dos hotéis em Montreal com melhor relação custo-benefício, incluindo hotéis econômicos!

Boa viagem, viajante!