Jardim Botânico de Montreal, Biosfera e Insectarium

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Uma das atrações mais surpreendentes da nossa viagem foi o Jardim Botânico de Montreal, um espaço verde enorme, cuidadosamente planejado e com paisagens deslumbrantes.

Quando eu li sobre os jardins temáticos, a abundância de flores e o tamanho do Jardim Botânico, nunca imaginei um lugar tão bonito e variado.

Neste artigo vamos apresentar os destaques da nossa visita ao Jardim Botânico de Montreal. Porém, primeiro é preciso entender que o Jardim faz parte do Espace Pour La Vie, uma instituição de ciências naturais que inclui:

• Jardim Botânico de Montreal;
• Biodôme;
• Biosfera de Montreal;
• Insectarium;
• Planetário.

Apesar deste artigo ser focado no Jardim Botânico, nós visitamos a Biosfera e o Insectarium, por isso vamos falar rapidamente sobre eles no final do post.

Depois, leia nosso artigo sobre o maior parque da cidade, o Monte Royal em Montreal!

Como foi nossa visita ao Jardim Botânico de Montreal?

Um jardim botânico tão grande e bem estruturado tem por trás uma longa história. O Jardim Botânico de Montreal foi inaugurado em 1938 graças a inicitativa do Irmão Marie-Victorin.

O Irmão Marie-Victorin criou o Instituto de Botânica de Montreal e exerceu sua influência e conhecimento para o estabelecimento do jardim.

Outro personagem fundamental foi Henry Teuscher, que o projetou. Porém, foi somente a partir dos anos de 1970 que o Jardim recebeu mais investimentos e ampliou suas áreas.

Para você ter uma ideia, há 20 mil espécies de plantas, sendo que 5.300 estão nas estufas. Entre todas elas, 800 espécies são consideradas ameaçadas de extinção ou em perigo.

Além disso, o Jardim Botânico possui 3 jardins culturais, incluindo o exuberante Jardim Chinês, 15 jardins temáticos e 10 estufas.

Como são muitas áreas para visitar, não tente ver tudo como nós tentamos. Prefira focar no que mais te interessa. Para isso, baixe o mapa do jardim. Outra dica de ouro é não adentrar muito no Arboretum.

Destaques do Jardim Botânico

Os visitantes ficam surpresos com os jardins culturais, principalmente com o Jardim Chinês. Eu nunca tinha visto um jardim chinês tão grande, com diversas construções e paisagem perfeita. É um local lindo para fotografar.

O Jardim Chinês foi construído em 1990 em parceria com a cidade de Xangai, usando o conceito de Yin-Yang para encontrar harmonia entre a arquitetura, a água, as plantas e as pedras.

O Jardim Japonês é completamente diferente do Chinês, tendo menos construções e mais espaçosos verdes, sendo um local para relaxar e contemplar.

Ele foi inaugurado em 1988 e, além do jardim, há um pavilhão com pequenas exposições. Vá até o pátio do pavilhão para ver os bonsais, alguns têm quase 300 anos de idade!

Também há o Jardim dos Povos Originários, que fica ao lado do Jardim Japonês, sendo uma área com plantas do Canadá espalhadas de maneira mais natural.

Nossa dica é caminhar apenas um pouco pelo Arboretum, uma área enorme com muitas árvores e poucas flores. Ele é mais para caminhadas do que para ver flores.

Perto do Arboretum fica o Jardim Leslie Hancock, o meu preferido do Jardim Botânico, contendo azaléas e rododendros, ambos pertencentes à família Ericaceae. Eu nunca tinha visto tantas azaléas com cores e tamanhos diversos como eu vi lá.

Além disso, o Jardim Leslie Hancock fica escondido sobe grandes árvores, porque as azaléas e rododendros precisam de ambiente úmido, fresco e sem vento. É um verdadeiro jardim secreto que tem seu esplendor entre o começo de maio e o início de julho.

Siga para o Flowery Brook e para Lilacs, onde há um riacho com peônias, íris, hemerocallis (semelhantes aos lírios) e lírios. De junho a julho, essa área fica lotada de flores.

Na mesma região ainda estão as plantas tóxicas, medicinais, de altitude e outras. Esses jardins terminam nas estufas, onde começa outra interessantíssima parte do passeio. Por favor, visite as estufas!

O Jardim Botânico de Montreal conta com 10 estufas monumentais. Cada uma delas tem temperatura e umidade diferentes, adequadas aos tipos de plantas que vivem ali.

Há uma estufa com variados cactos, alguns gigantescos, sendo a maioria do México, mas há exemplares dos desertos africanos. Note a construção Hacienda, que completa a paisagem repleta de cactos e suculentas.

Gostamos bastante das áreas de florenta tropical, com muita umidade e calor, clima que lembra nossa terra natal, além das bromélias do Brasil.

Também há estufas com orquídeas, frutas e plantas tropicais, além das samambaias da Nova Zelândia.

Nós passamos rápido pela estufas, porque já estávamos cansados, mas há tantos detalhes para ver, que você pode precisar de pelo menos de 30 minutos lá.

Esses foram os destaques da nossa visita, que aconteceu no começo de junho. Na primavera e no verão, as espécies de flores abrem em épocas diferentes, então, não vimos as rosas floridas, que desabrocham a partir do final de junho.

Já as tulipas, que tantam encantam, tinham terminado a floração, que é de abril a maio.

No site do Jardim Botânico, você pode conferir quais flores estão abertas na semana e o calendário anual de florenção.

Ao lado do Jardim Botânico ficam o Insectarium, o Biodôme e o Parque Olímpico de Montreal.

Insectarium, Biodôme e Biosfera

Nosso passeio continuou pelo Insectarium, que é um moderno espaço dedicado principalmente às borboletas. Há centenas delas, inclusive vivas em uma estufa.

O Insectarium é moderno e interessante, porém pequeno e caro para o que oferece.

O Biodôme fica na mesma região, porém não visitamos porque os animais ficam em um local fechado, algo que não fazia sentido para nós.

Ao lado do Biodôme fica o Parque Olímpico de Montreal, onde aconteceram as Olimpíadas de Verão de 1976. Há um mirante na torre inclinada do Estádio Olímpico, mas só tiramos fotos externas.

Outra atração que vale a pena apenas tirar foto por fora é a Biosfera, localizada no Parque Jean-Drapeau, uma das ilhas à frente do Centro Histórico de Montreal.

A Biosfera de Montreal hoje é um pequeno museu sobre o meio-ambiente, mas é bem pequeno, por isso não acreditamos que compensa o preço.

Na Expo 67, a estrutura da Biosfera era o pavilhão dos Estados Unidos, obra do renomado arquiteto americano Richard Buckminster Fuller. Até hoje a estrutura da Biosfera impressiona.

Informações práticas sobre o Espace Pour La Vie de Montreal

Todas as atrações do Espace Pour La Vie são pagas. Você pode comprar os ingressos separadamente ou o passaporte que inclui todas as atrações pela internet ou nas bibleterias.

O passaporte custa $83 para adultos, $114 para um adulto + uma criança, $145 para até 2 adultos + 3 crianças. Se você quiser adicionar mais crianças, deixe para comprar o passaporte na bilheteria da primeira atração que você for visitar.

Se você quiser visitar apenas algumas atrações do Espace Pour La Vie, como foi o nosso caso, você pode comprar os tickets separadamente pela internet ou na bilheteria da atração escolhida.

Todas as atrações têm o mesmo custo: $22,75 para adultos, $20,50 para idosos (65+), $16,50 para estudantes (18+), $11,50 para crianças (5 a 17 anos), de graça para menores de 5 anos. Há também ingressos para famílias (2 adultos e até 3 crianças) por $62,75.

O site oficial é o local onde você pode adiquirir os ingressos antecipadamente.

Em relação aos horários de abertura, no verão, todas as atrações do Espace Pour La Vie funcionam todos os dias. O Jardim Botânico de Montreal abre das 9h às 18h no verão.

Para chegar ao Jardim Botânico optamos pelo metrô, que funciona bem. Basta parar na estação Pie-IX.

Esperamos que as dicas para visitar o Jardim Botânico de Montreal tenham sido úteis! Leia também nosso artigo com os melhores bairros e hotéis para se hospedar em Montreal!

Boa viagem, viajante!