O que visitar no Doors Open Toronto? Atrações gratuitas em Toronto

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O Doors Open Toronto é um dos eventos mais bacanas da maior cidade do Canadá. Ele acontece apenas uma vez ao ano, mas movimenta demais a cidade. Por isso, se você tiver a sorte de estar em Toronto bem no dia do Doors Open, aproveite o evento, porque a lista de atrações gratuitas é grande.

Esclarecendo o assunto, durante um final de semana em maio (normalmente no final do mês) vários edifícios, instituições, museus e etc. abrem as portas ao público geral sem necessidade de pagamento.

Então, participam do Doors Open tanto lugares que não estão abertos ao público quanto museus e galerias que normalmente cobram pela entrada. Realmente, as portas da cidade ficam abertas no Doors Open Toronto.

Aliás, os próprios moradores percorrem a cidade visitando lugares especiais sem pagar nada. Nós ficamos impressionados com a participação do público, que ainda tem disponíveis tours guiados e palestras gratuitas.

A seguir vamos contar como foi nossa primeira experiência no Doors Open Toronto, com sugestões de locais a visitar. No próximo ano, este artigo vai ficar ainda maior e melhor!

Leia também nosso artigo sobre as Toronto Islands, um dos melhores parques da cidade, com vistas arrebatadoras!

O que visitar no Doors Open Toronto?

Primeiramente, você deve saber que a lista de atrações do Doors Open Toronto muda todo o ano. No site oficial, sempre serão indicados os locais, quais dias estarão abertos e o horário de abertura.

Dias antes do evento, nós acessamos o site oficial e elencamos nossas prioridades (e pegamos as informações essenciais, como horários) que vamos apresentar a seguir, começando pelo sábado.

Nosso roteiro pelo Doors Open Toronto começou na Thomas Fisher Rare Book Library, o maior repositório de livros e manuscritos raros do Canadá e que faz parte da Universidade de Toronto.

Lá vimos uma exposição de livros raros, como exemplares com pinturas em miniaturas da Pérsia (gostei muito porque me lembrou o livro Meu Nome é Vermelho de Orhan Pamuk), da Idade Média, de Shakespeare, os primeiros livros para deficientes visuais, livros canadenses, entre outros.

A biblioteca estava lotada, até porque o espaço de exposição era pequeno, mas conseguimos ter um bom momento por lá, já que as explicações eram completas.

Se você visitou o Real Gabinete Português de Leitura no Rio de Janeiro, não tente comparar, porque a biblioteca brasileira tem uma arquitetura com poucas rivais mundo afora.

Uma atração muito diferente no Doors Open é o Bata Shoe Museum, um museu que me surpreendeu bastante. Eu não imaginava que as exposições fossem tão complexas.

A curadoria do Bata Shoe Museum conseguiu fazer uma conexão histórica dos sapatos desde a pré-história até os dias atuais, incluindo tecnologias em desenvolvimento que podem ser nossos novos sapatos e tênis.

Há exemplares e explicações sobre os sapatos usados em várias épocas e culturas, como na China, Índia, e muitos da Europa de diversos períodos históricos e artísticos.

É claro que lá você verá sapatos tradicionais canadenses usados na neve, além de miniaturas cheias de detalhes.

Além disso, havia uma exposição sobre bonecas de várias épocas e culturas e seus sapatos minúsculos. Nessa parte, nos chamou a atenção as bonecas mais antigas e as que tentavam reproduzir vestimentas chinesas, como era moda na Europa.

O último andar é dedicado as novas tecnologias, sustentabilidade e sapatos inovadores. Apesar do tema ser interessante, os sapatos antigos são esteticamente mais bonitos e cheios de detalhes se compararmos aos futuristas.

Com tanta coisa para ver e ler, dá para ficar 1h no Bata Shoe Museum tranquilamente.

Continuando nosso roteiro de sábado super corrido, fomos ao Royal Ontario Museum, o maior e mais importante museu do Canadá.

Esse museu é tão bom que mesmo tendo disponibilizado apenas uma exposição ao Doors Open, a exposição era bem grande, tendo como tema as First Nations (Povos Indígenas).

Nós tínhamos acabado de chegar ao Canadá e não sabíamos quase nada sobre os Povos Indígenas daqui. Precisávamos ter estudado um pouco para entender melhor os fatos históricos.

Agora se você pretende visitar o Royal Ontario Museum com profundidade, prepare-se, porque ele é enorme. Vale a pena escolher os temas que mais te interessam, que vão desde história natural até arte de diversos povos.

Contudo, um dos lugares que mais queríamos visitar era o TIFF Bell Lightbox, sede do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Porém, era preciso reservar o ticket (gratuito) e a competição por um ingresso estava grande.

No começo da tarde participamos da visita guiada ao TIFF Bell Lightbox com um guia apaixonado pela história do Festival of Festivals (antigo nome do TIFF). A parte de tecnologia foi super interessante, por causa da passagem do filme para a era digital.

O Festival foi um sucesso desde o começo, em 1976, e hoje é um local que os imigrantes e canadenses de todas as origens podem ver filmes dos seus países originais.

Aliás, em qualquer época do ano você pode visitar o TIFF Bell Lightbox para ir a uma das cinco salas de cinema.

Vale a pena mencionar outros locais que apenas passamos e tiramos fotos no sábado, que foram:

• Legislative Assembly of Ontario: mais parece um palácio e fica no Queen’s Park;
• Daniels Building: hoje é uma faculdade, o que se destaca é a mescla de arquitetura antiga com moderna;
• University of Toronto Department of Physics: tentamos ver a vista da área do telescópio, mas já estava fechada quando chegamos.

R.C. Harris Water Treatment Plant e The Beaches

Depois de um sábado corrido e com atrações fechadas, o domingo estava bonito demais para ficar dentro de um museu.

Apesar da possibilidade de visitar o Aga Khan Museum ser tentadora, esse museu de Arte Islâmica fica distante de Downtown e do Lago e queríamos ver a água, que mais parece mar.

Então, começamos o domingo visitando rapidamente a Campbell House Museum, no centro, uma das casas mais antigas da cidade. Não havia visita guiada e não conhecemos muito da história da casa.

Apesar dos cômodos serem bonitos e preservados, o que havia era uma exposição de obras contemporâneas. Inclusive o artista estava lá, mas eu não entendi muito sobre as obras, que eram bem diferentes da casa.

Depois fomos à atração principal, o R.C. Harris Water Treatment Plant, na região de The Beaches.

O R.C. Harris Water Treatment Plant é a central de tratamento de água responsável por 34% de toda a água consumida em Toronto.

Essa grande obra de engenharia foi construída entre as décadas de 1920 e 1930. Além da função essencial, pensou-se muito na questão estética, por isso o R.C. Harris Water Treatment Plant é decorado com elementos da Art Déco.

Além de poder visitar o interior, os gramados em volta do R.C. Harris Water Treatment Plant são ótimos para apreciar o Lago Ontário.

Além disso, ali perto ficam The Beaches, que são praias simples, com areia escura e muitos cachorros, mas a água até que é bonita em algumas delas. As casas e os restaurantes da região também são interessantes.

O que aproveitamos em The Beaches foram as paisagens e as caminhadas. Se você procura praias perto de Downtown com melhores condições para tomar banho, dê preferência as Toronto Islands.

Mais bonitas ainda são as praias de Scarborough Bluffs, porém elas ficam distantes de Downtown.

Depois de uma longa caminhada em The Beaches, fechamos o dia no Elgin and Winter Garden Theatre Centre, um teatro luxuoso da década de 1910.

Realmente, o Elgin and Winter Garden Theatre Centre é charmoso, com muitas decorações douradas e vermelhas.

Mapa das atrações do Doors Open Toronto

Neste mapa estão as localizações das atrações que visitamos durante o Doors Open Toronto. Conhecemos todas elas mesclando caminhadas e transporte público.

Leia também nosso artigo especial sobre onde ficar em Toronto nos melhores bairros!

Boa viagem!