O Melhor do Zoológico de Toronto: O que ver, como chegar e mais

por Jade

O Zoológico de Toronto é um passeio de 1 dia inteiro para quem está hospedado em Downtown. São 1h30min de transporte público entre eles, mas que tem como recompensa um dia instigante em um zoológico que mais parece um parque.

Nossa recomendação é chegar cedo, perto das 10h da manhã, e dedicar um dia de sol para conhecer o local, já que os animais mais diferentes ficam ao ar livre e o Zoológico de Toronto possui florestas e caminhos quilométricos cercados por árvores. Então, prepare-se para caminhar!

O principal público do Zoológico é formado por famílias com crianças pequenas. Assim que as horas vão passando, a quantidade de famílias vai aumentando. Essa é uma boa razão para chegar cedo.

Nós esperamos por um dia de sol no outono para visitar o local. Essa foi a melhor atitude que tomamos, porque os animais estavam ativos com as temperaturas medianas.

Além disso, escolhemos com cuidado o dia porque essa foi minha primeira visita a um zoológico tradicional, com animais de vários continentes.

Ao longo do artigo, você perceberá que minhas impressões variam do espanto em ver animais só vistos em filmes e desenhos animados para o desconforto com certas situações.

O que ver no Zoológico de Toronto, Canadá?

O Melhor do Zoológico de Toronto: O que ver, como chegar e mais
Há outras atrações no Zoo, sempre voltadas às famílias

O Zoológico de Toronto é dividido em 8 áreas temáticas:

  • Indo-Malaya: animais do Subcontinente Indiano e parte do Sudeste Asiático;
  • África: animais da savana e das florestas tropicais;
  • Canadian Domain: animais canadenses;
  • Américas: espécies do Brasil ao México;
  • Tundra Trek: animais das áreas polares;
  • Australasia: Austrália e ilhas do Sudeste Asiático;
  • Eurasia Wilds: animais da Ásia continental, como China e Mongólia;
  • Discovery Zone: área educativa voltadas as crianças.

Nosso passeio seguiu exatamente o roteiro acima, com exceção da Discovery Zone, que não conhecemos porque quando chegamos lá estávamos exaustos de tanto caminhar.

Com o mapa em mãos, é fácil se localizar no Zoológico e seguir o mesmo roteiro que fizemos ou fazer o seu próprio.

Indo-Malaya

Rinoceronte asiático

Na área Indo-Malaya estavam dois rinocerontes asiáticos, que são menores do que os africanos, porém mais ativos.

A armadura acinzentada se destaca nesses animais, assim como as orelhas peludas que não param de mexer.

Um deles estava ao ar livre coçando o chifre em um tonel de plástico amarrado a uma árvore. Aliás, ele andava de um lado para o outro, coçava o fuço e buscava comida sem ligar para os visitantes.

Há outra área externa no setor Indo-Malaya, cercada por árvores altas com folhas amarelas, onde ficam os tigres de Sumatra. Havia um tigre adolescente que não parava quieto, talvez por ser hora do café da manhã, e um tigre adulto distante do público, parado como uma esfinge.

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Orangotango com filhote

Os espaços nos quais os tigres estavam não eram grandes. O desconforto em ver os animais em espaços pequenos é o sentimento mais presente em quem nunca visitou um zoológico.

Outro problema é que as áreas fechadas, chamadas de pavilhão, são pequenas para a quantidade de visitantes e animais. Além disso, o público não recebe nenhum aviso sobre fazer silêncio. Em um local apertado, o ruído se amplifica.

Na área Indo-Malaya há um pavilhão, que tem como principais animais os orangotangos, inclusive um deles era filhote.

Nos orangotangos, tudo impressiona: as gigantescas mãos em tons de marrom escuro que delicadamente cuidam do bebê; o olhar expressivo, que mostrava uma preocupação em esconder o filhote dos visitantes.

África

Indo embora depois que o capim acabou

Mais impressionantes ainda são os gorilas no pavilhão da área África. Os gorilas melhores estavam dentro do pavilhão (acredito que eram fêmeas), subindo e descendo nas estruturas que imitam os troncos das árvores.

Na parte externa, estava acontecendo uma disputa entre gorilas de costas prateadas (machos). Esse foi um dos momentos nos quais os visitantes se calaram.

Os gorilas se provocavam batendo no peito, dando tapas nas estruturas de maneira e se encarando. Aliás, dava para sentir a tensão no ar.

Na área África, os momentos nervosos e tranquilos se alternavam. Depois dos gorilas, fomos ver as girafas, que só prestavam atenção nos turistas que as alimentavam com capim (eles pagaram a mais para fazer isso).

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Os hipopótamos trouxeram a tensão e o espanto de volta à cena. Ao ar livre, ver aqueles animais enormes boiando com facilidade, deixando só as narinas para fora, é inesquecível. Todos os visitantes estavam atônitos em ver os hipos.

Além disso, ouvi uma pessoa falar que normalmente os hipopótamos quase não se mexem, bem diferente do que estava acontecendo naquele momento. Então, acho que tivemos sorte.

Perto do meio-dia, vários animais da África estavam fazendo a “siesta”.

Os rinocerontes africanos com seus chifres imponentes estavam amontoados descansando.

Então, imagine como se comportaram os felinos? Algumas chetas (ou guepardos) só levantaram a cabeça, as leoas estavam completamente sonolentas. O leão parecia um cachorro gigantesco dormindo de barriga para cima. A hiena estava num sono de pedra.

Faz parte da visita a um zoológico ver os animais em sua rotina. Assim, alguns podem estar agitados porque é hora de comer e outros dormindo depois do almoço.

A área africana tem grandes espaços, porém os babuínos ficam confinados. Vários deles estavam “presos” ali.

Canadian Domain

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Descendo a ladeira para visitar o Canadian Domain

Como você pode perceber, o melhor do Zoológico de Toronto fica na parte africana. Perto dela fica o setor que menos gostamos, apesar de ser um dos mais espaçosos.

O Canadian Domain está separado das demais áreas por uma ladeira. Na ida, a descida é tranquila, na volta, tem que fazer um esforço, ainda mais para quem está empurrando um carrinho de bebê, que não era o meu caso, mas me compadeci do sofrimento alheio.

No outono, o percurso até o Canadian Domain revela paisagens solares de tantas árvores amarelas pelo caminho. Inclusive, lá fica uma das áreas de piquenique mais bonitas, com o horizonte dourado à direita.

Em relação aos animais canadenses, vimos guaxinins, bisões pastando e dois ursos. Sem dúvida, os ursos são animais difíceis de ver na natureza com segurança. Um deles era enorme e comia pequenos peixes devagar dando as costas à plateia.

Américas

O Canadian Domain fica um pouco isolado do restante do Zoológico de Toronto. Então, sair de lá e chegar até a área das Américas demora. Vale a pena analisar se o esforço compensa, ainda mais para quem está com crianças.

É claro que o pavilhão das Américas contava com muitos animais brasileiros, como cobras (jiboia), mico leão dourado e até piranha. Vimos pelo menos cinco micos. Foi a primeira vez que vi esse animal.

A área Américas também conta com uma área externa, com referência ao México, e lá ficam os jaguares (onças), que como bons felinos estavam dormindo durante o dia.

Tundra Trek

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Seguimos para a Tundra Trek. Lá estavam os ursos polares. Um deles brincava com um graveto como se fosse um cachorro, sentando-se na grama.

Os ursos polares fazem os turistas se amontoar, afinal, é um animal praticamente impossível de ver na natureza, devido ao seu habitat.

Tão alvos quanto os ursos eram os lobos e havia muitos. Talvez, o Zoológico de Toronto tenha tantos deles por causa dos hábitos desses animais, que vivem em grupos.

Australasia

Enquanto a Tundra Trek é ao ar livre, a Australasia conta com apenas um pavilhão, novamente lotado, quente e barulhento.

A única área externa é a que abriga os cangurus, que estavam de boas, deitados no gramado na sombra das árvores.

Os destaques do pavilhão da Australasia foram: a dança lenta e ritmada das águas-vivas; os peixes coloridos nadando entre corais igualmente coloridos da Grande Barreira de Corais; e é claro o dragão de Komodo e as legendas mostrando o quanto ele é perigoso.

Eurasia

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Leopardo-das-neves

Por último, fomos a Euroasia. Estávamos há 5h no zoológico, então, nos arrastamos até lá.

O esforço compensou porque conseguimos visualizar o panda vermelho, uma fofura que prefere se esconder entre os galhos e mal ser visto, e o leopardo-das-neves, que se exibiu para os turistas.

Quando estávamos saindo da Euroasia, observamos o comportamento amedrontado do leopardo-das-neves. Ele identificou em um dos visitantes um sinal de perigo e logo se escondeu.

Sem dúvida, no Zoológico de Toronto o excesso de visitantes e o barulho atrapalham demais a rotina dos animais.

Estrutura do Zoo de Toronto

No Canadá, o público que visita zoológico é principalmente família com criança pequena. Então, o local deve ter uma estrutura adequada, já que esse público costuma ser exigente.

Dessa maneira, é fácil encontrar banheiros, áreas para fazer piquenique (você pode levar comida de casa), restaurantes e até um trenzinho, facilitando os deslocamentos.

No site oficial do Zoológico de Toronto há mais informações sobre os serviços, preços e horários.

Como chegar ao Zoológico de Toronto?

A maioria dos visitantes chega ao Zoológico de Toronto de carro e há bastante espaço para estacionar perto da entrada principal, que fica na 2000 Meadowvale Road.

Nós fomos de transporte público. Para quem está em Downtown, basta pegar a linha 2 (verde) até a estação Kennedy, que é a última em East Toronto. De lá saem os ônibus 86 A, que te deixarão na porta do Zoológico.

É fácil ir ao Zoo de ônibus, apenas demora 1h30min. Use o Trip Planer do TTC (a empresa de transporte público da cidade) ou o Google Maps.

Esperamos que nossas informações sobre o Zoológico de Toronto te motivem a visitá-lo! Há pontos positivos e negativos nesse tipo de atração turística e você deve decidir por si mesmo. Leia também nossas dicas sobre as Toronto Islands!

Boa viagem!

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