O que fazer em Morélia, México? Pontos turísticos de Morélia

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Morélia é uma das cidades mais bonitas do México. Com o Centro Histórico cheio de casas de pedra, belas igrejas e várias atrações culturais, há muito o que fazer em Morélia.

Praticamente, todo o centro foi construído com a pedra cantera rosa, o que traz uma unidade estética incrível. Morélia é super fotogênica!

Nós nos surpreendemos com a beleza do Centro Histórico e com a quantidade de pontos turísticos, por isso queremos mostrar neste artigo como a capital de Michoacán é um lugar especial e que vale a pena visitar.

Há também uma seção com todas as dicas para você fazer o passeio para Pátzcuaro e Janitzio a partir de Morélia de maneira independente!

Leia também nosso artigo especial com as melhores dicas sobre onde ficar em Morélia bem localizado!

O que fazer em Morélia? Pontos Turísticos de Morélia

Plaza de Armas

O roteiro de viagem a Morélia começa na bem cuidada Plaza de Armas, local onde se encontram hotéis sofisticados, bons restaurantes e a enorme Catedral da cidade.

Construída entre os séculos XVII e XVIII, a Catedral de Morélia se destaca por suas duas torres com mais de 60 metros de altura, além da cor rosada típica da cantera rosa. Por dentro, a Catedral tem decoração neoclássica, mas é bem bonita e harmônica.

Vale dizer que à noite a Catedral e outras igrejas recebem iluminação especial, o que as deixam ainda mais exuberantes.

Ainda na Plaza de Armas fica o Palácio da Justiça, uma construções do final do século XVII, que hoje abriga o mural “Morelos y la Justicia”, do pintor michoacano Agustín Cárdenas Castro. Há também exposições ligadas ao Poder Judiciário.

Centros culturais e museus em Morélia

Morélia busca ser um dos centros do turismo cultural do México, por isso há bons museus e centros culturais, mesmo não sendo locais muito grandes. A maioria desses espaços tem entrada gratuita ou bem em conta.

O Palácio do Governo é um desses lugares a visitar, porque possui pinturas sobre a história de Michoacán, além de murais sobre a Revolução Mexicana de 1910.

O edifício do Palácio do Governo abrigou o Seminario Tridentino, onde estudaram Agustín de Iturbide, primeiro imperador do México, e José María Morelos, um dos grandes líderes da Independência.

Como José María Morelos é o personagem histórico mais importante e até dá nome à cidade, o que fazer em Morélia inclui visitar o Museu Casa de Morelos, o melhor museu focado na vida desse grande herói mexicano.

O Museu Casa de Morelos está abrigado na casa onde ele viveu com sua irmã e não na casa onde ele nasceu.

Nós gostamos muito desse museu, que explica em detalhes as batalhas de Morelos pela Independência até a sua morte em 1815, data que marca o fim da primeira etapa da Independência.

Há vídeos muito bons sobre várias etapas da vida desse personagem histórico. Apenas é preciso ter estudado sobre a Independência do México antes de ir ao museu. A entrada custa 25 pesos para adultos.

O centro cultural mais importante de Morélia é o Centro Cultural Clavijero, abrigado em uma das maiores construções jesuítas do país. O pátio é lindo e muito fotogênico. O foco do centro cultural são exposições temporárias, a maioria de arte contemporânea.

Um “museu” diferente é a Casa de las Artesanías del Estado de Michoacán, localizada no que foi o Convento de San Francisco, uma construção monumental.

A Casa de las Artesanías tem peças belíssimas, que você não encontrará em outro local, inclusive vindas de outras partes do estado. O legal é que além de ver as peças, você pode comprá-las.

Lembre-se de que artesanato de verdade não é barato, porque há muito conhecimento e tempo envolvidos.

Um museu que não visitamos, mas que é bastante procurado, é o Museu Regional Michoacano, sendo um dos museus mais antigos do México. O museu foca na história do estado de Michoacán, desde os primeiros assentamentos até o início do século XX.

O Museu Regional Michoacano também possui muitas pinturas, alguns murais e o próprio prédio é muito bonito. A entrada custa 55 pesos. Para mais informações, confira o site oficial.

Aqueduto de Morélia

Uma região muito bonita e que não pode ficar de fora sobre o que fazer em Morélia é ir ao Aqueduto.

O passeio costuma começar pela fonte Las Taracas, que representa três mulheres purépechas (dizem ser princesas indígenas) carregando frutos. Como elas estão parcialmente nuas, a primeira fonte foi censurada, mas hoje Las Taracas é um dos símbolos de Morélia.

Nessa região, fica um dos letreiros da cidade, assim como o controverso Callejon del Romance.

O callejon é uma rua estreita bem fotogênica, mas sua fama vem tem trazido pessoas (normalmente, adolescentes e jovens) para namorar no meio da rua.

Passeando por essa região, seus olhos vão se fixar no Aqueduto. Construído e reconstruído no século XVIII, o Aqueduto funcionou como tal até 1910.

Hoje o que o visitante vê são 253 arcos, que ao todo possuem 1700 metros de extensão. O melhor é percorrer toda a Calzada Fray Antonio até a Plaza Morelos, para ir apreciando o local, que é bem cuidado e bonito.

Quando chegar à Plaza Morelos, não deixe de visitar o Santuário de Guadalupe, uma igreja surreal. Todas as paredes da igreja são ricamente decoradas com as flores símbolos de Nossa Senhora de Guadalupe, com muitas cores e um beleza sem igual.

Outras atrações de Morélia

Há outros pontos turísticos em Morélia interessantes, além dos já mencionados. O Jardín de las Rosas é um local a visitar, já que lá há muitos cafés e restaurantes e é cercado por atrações.

O Templo de Santa Rosa de Lima fica no Jardín de las Rosas, sendo uma pequena igreja, mas muito bem cuidada e com altares de ouro. Por ali também fica o Teatro José Rubén Romero, no que antes era uma igreja.

Não muito distante do Jardín de las Rosas fica o histórico Colégio de San Nicólas, que ainda é um colégio, com muitos adolescentes. Na frente do Colégio, há uma igrejinha, que foi transformada em biblioteca, por sinal, uma biblioteca linda.

Muito perto da biblioteca fica o Mercado de los Dulces, que tem um andar dedicado aos estandes de doces típicos e algumas áreas com artesanatos.

Michoacán tem muita tradição em doces, a maioria feita à base de frutas e leite.

O que mais gostamos foi o doce de guayaba (goiaba) e o ate, que parece uma bala de banana bem dura e pode ser feito de outras frutas. A cocada e os doces feitos de leite não estavam muito saborosos.

Passeio para Pátzcuaro e Janitzio a partir de Morélia

Michoacán é um estado muito rico em cultura e história, por isso os passeios a partir de Morélia têm esses dois elementos presentes.

Nós visitamos a cidade de Pátzcuaro e a ilha de Janitzio, que fica no Lago de Pátzcuaro.

Resolvemos visitar a ilha de Janitzio primeiro, no começo da manhã, porque depois do meio dia muitos turistas chegam ao local e a ilha fica lotada.

Janitzio é bem pequena e cheia de casas, muito conhecida pela geografia diferente, por ficar bem no meio do Lago de Pátzcuaro. O principal destaque é o mirante no topo da estátua de José María Morelos.

Os turistas gostam muito dos artesanatos vendidos por lá, que normalmente vem de outros povos a beira do lago. Saiba que os habitantes de Janitzio são mais comerciantes do que artesãos.

A vista do mirante é realmente bem bonita e o passeio de barco até Janitzio também é interessante, mas achamos a experiência de visitar Pátzcuaro muito melhor. Além disso, entre ida e volta de barco até Janitzio se leva pelo menos 1h.

Pátzcuaro foi a segunda capital do estado, depois de Tzintzuntzan, antiga capital do Povo Purepecha. Logo depois, a capital foi transferida para Morélia, que na época se chamava Valladolid.

A história de Pátzcuaro está ligada ao Bispo Vasco de Quiroga, que fez diferença na região ao defender o direito de existência dos povos nativos, algo revolucionário em uma época na qual os conquistadores assassinavam muitos indígenas.

Por isso, a praça principal de Pátzcuaro se chama Vasco de Quiroga. Lá fica a prefeitura da cidade e o letreiro turístico, além de ser um ótimo lugar para descansar. A praça é bem grande, bonita e bem cuidada.

Vasco de Quiroga também está ligado a outra atração de Pátzcuaro, a Basílica de Nuestra Señora de la Salud, construída a partir do século XVI. É lá que estão os restos mortais do bispo.

Perto da Basílica ficam outros lugares a visitar, como o Templo del Sagrário, o Templo de la Compañia e o Centro Cultural no Antigo Colégio Jesuíta. Porém, o que mais gostamos foi o Museu de Artes e Indústrias Populares.

O museu está abrigado na construção do antigo Colégio de San Nicolás. Aliás, o colégio foi fundado por Vasco de Quiroga. O local é bastante antigo, mas as salas do museu são bem cuidadas e organizadas.

O museu é focado nas atividades do dia a dia dos povos da região, como a pesca, a agricultura e a produção de cerâmica, além de atividades mais artísticas, como danças e música. Há peças de madeira, cerâmica e trajes típicos muito detalhados, verdadeiras obras de artes.

Todo o passeio é guiado. Em cada parte do museu há um guia responsável, que conversa com os turistas.

Achamos a experiência ótima, com muitas informações sobre os povos da região, além de ser uma oportunidade para praticar o espanhol. A entrada para o museu custa 55 pesos por pessoa. Mais informações no site oficial do INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História).

Outros lugares a visitar em Pátzcuaro são a Casa de los 11 Patios, uma construção antiga com vários pátios (não vimos 11 pátios), que abriga várias lojas de artesanato; o mirador, localizado perto da Casa de los 11 Patios; e a Plaza Chica, sempre muito movimentada.

Como chegar a Pátzcuaro e Janitzio a partir de Morélia?

Nós fomos até Pátzcuaro de ônibus. Para isso, é preciso ir até Xangari, uma área de onde partem os ônibus da Purepecha, a empresa de ônibus que opera o trajeto de Morélia a Pátzcuaro. A passagem custa 60 pesos por pessoa por trajeto.

A van “2 morada” passa pelo centro (Avenida Morélia-Guadalajara) e leva até Xangari ao custo de 9 pesos, mas os táxis também são baratos.

Os ônibus da Purepecha são velhos e sujos, mas chegam bem rápido, pouco mais de 40 minutos. Antes de chegar a Pátzcuaro, o ônibus passa e para perto do terminal de barcos de Janitzio, cerca de 800 metros.

O barco para Janitzio custa 70 pesos por pessoa (inclui ida e volta) e a viagem dura pelo menos 30 minutos por trajeto.

Na volta de Janitzio, já havia vans próximas ao terminal de barcos, que levam ao centro de Pátzcuaro, na Plaza Chica, por 9 pesos. É dessa praça que saem as vans para várias partes da cidade.

Para voltar a Morélia, basta pegar na Plaza Chica uma van com destino à “estación”, local de onde saem os ônibus da Purepecha.

Mapa com as atrações de Morélia, Pátzcuaro e Janitzio

Confira no mapa a localização de todos os pontos turísticos de Morélia, Pátzcuaro e Janitzio mencionados no decorrer deste artigo. Basta clicar no “botão com seta” para acessar a legenda do mapa.

Esperamos que as dicas sobre o que fazer em Morélia tenham sido úteis para planejar sua viagem! Confira também nosso artigo especial com as melhores dicas sobre onde ficar em Morélia!

Boa viagem, viajante!